Após ter registado nas últimas semanas um ligeiro aumento de novas infeções diárias, as autoridades israelitas recensearam na segunda-feira 125 novos casos, num país onde mais de metade da população recebeu duas doses da vacina anti-covid.

"Decidimos reagir como se estivéssemos face a uma nova vaga" do vírus, declarou Naftali Bennett, de vista ao aeroporto internacional de Telavive.

"O nosso objetivo consiste em eliminá-la, verter um recipiente de água no fogo quando ainda é limitado", acrescentou.

Segundo o Ministério da Saúde, o número de mortes associadas à covid-19 permanece limitado, com apenas um morto anunciado hoje.

O aumento das contaminações resulta da propagação da variante Delta detetada na Índia e considerada mais virulenta que as restantes, segundo Bennett.

Mais de 1.000 pessoas foram forçadas a cumprir quarentena em Binyamina (norte de Telavive) após o regresso de viajantes do Chipre, acrescentou o primeiro-ministro em conferência de imprensa, apelando a que se evitem deslocações ao estrangeiro.

Segundo as autoridades, foi estabelecido um centro de despistagem adicional no aeroporto Ben Gurion, para assegurar que todos os viajantes efetuem um teste PCR à chegada.

Bennett também apelou à vacinação "o mais depressa possível" das crianças a partir dos 12 anos, e quanto a faixa entre os 10 e os 19 anos foi a mais atingida este mês.

Em janeiro, o período com maior incidência pandémica, cerca de 10.000 casos foram recenseados diariamente em Israel, antes de um recuo após vasta campanha de vacinação.

Mais de cinco dos 9,3 milhões de israelitas (55% da população) já recebeu duas doses da vacina.

Em 15 de junho foi levantada a obrigação do uso de máscara sanitária em locais públicos fechados, uma das últimas medidas em vigor.

Bennett indicou que o uso de máscara voltará a ser obrigatório no aeroporto de Telavive.

No total, foram recenseadas em Israel mais de 840.000 contaminações, com 6.428 mortos.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.074 pessoas e foram confirmados 866.826 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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