O Ministério da Defesa russo disse num comunicado, relatado pela agência de notícias Russa Interfax, que um barco-patrulha de fronteira disparou tiros de alerta contra o HMS Defender e que um avião de guerra Su-24M lançou quatro bombas perto do navio.
Em causa estava uma alegada "violação da fronteira estatal russa" ao entrar em "águas territoriais russas" ao largo da Península da Crimeia, anexada ilegalmente pela Rússia à Ucrânia em 2014.
Mas, através da sua conta na rede social Twitter, o Governo britânico desmentiu, dizendo que "nenhum tiro de aviso foi disparado contra o HMS Defender".
"O navio da Marinha Real está a realizar uma passagem inocente por águas territoriais ucranianas, de acordo com o direito internacional. Acreditamos que os russos estavam a realizar um exercício de artilharia no Mar Negro e avisaram a comunidade marítima com antecedência sobre a sua atividade", explicou.
O Ministério da Defesa britânico vincou: "Nenhum tiro foi dirigido ao HMS Defender e não reconhecemos a alegação de que bombas foram lançadas em seu caminho".
O HMS Defender - um contratorpedeiro Tipo 45 - faz parte do UK Carrier Strike Group, uma esquadra liderada pelo porta-aviões HMS Queen Elizabeth e composta por quatro contratorpedeiros, duas fragatas e um submarino atualmente a caminho da região do Indo-Pacífico.
No entanto, no início deste mês separou-se temporariamente para realizar seu "próprio conjunto de missões" no Mar Negro, após ter participado num exercício da NATO no Mar Mediterrâneo.
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