Em declarações feitas hoje ao grupo de 'media' Funke, o presidente desta associação, Klaus Reinhardt, pediu que "áreas particularmente afetadas pela variante delta" sejam "evitadas".
Com a diminuição progressiva de novos casos, a Alemanha vai reabrir, na sexta-feira, as fronteiras a todos os provenientes de países de fora da União Europeia.
Mantém-se, ainda assim, a proibição de entrada a quem chegue de "áreas com variantes alvo de preocupação".
Países como a Índia ou o Reino Unido fazem parte desta lista. Apenas residentes ou cidadãos alemães estão autorizados a entrar, mas com a obrigatoriedade de quarentena de 14 dias, mesmo se apresentado um teste negativo ou comprovativo de vacina tomada.
Klaus Reinhardt concorda que, a médio prazo, a variante delta vai prevalecer, mesmo na Alemanha que contabiliza, nesta altura, 6% a 7% do total de casos.
O presidente da Associação Médica Alemã acredita ainda que o número de novas infeções voltará a crescer no final do verão. Uma quarta vaga irá depender da velocidade da campanha de vacinação. Nesta altura, mais de 30% dos residentes na Alemanha já receberam as duas doses da vacina.
Lothar Wieler, diretor do Instituto Robert Koch (RKI, na sigla em alemão), já tinha sublinhado na sexta-feira que "não está em causa se a variante será dominante, mas sim quando".
Para fazer face ao expectável número crescente de casos da variante delta, o infeciologista do hospital Charité, Christian Drosten, apelou a uma rápida vacinação.
"É isso que precisamos de fazer agora", sublinhou hoje na NDR-Info.
Na terça-feira, alguns estados federados reportaram a proporção de casos desta variante.
Em Hesse, por exemplo, a percentagem já ultrapassa os 20%, enquanto na Baviera o número quase duplicou numa semana, de 132 para 229 casos.
De acordo com o RKI, a Alemanha contabilizou nas últimas 24 horas mais 1.016 novos casos de covid-19, e 51 vítimas mortais.
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