O estudo defende que o levantamento das restrições "não é prudente e pode resultar num novo aumento das infeções", o que levaria a um "reaperto das restrições no futuro".
Segundo a empresa de consultoria Oxford Economics, as taxas de vacinação na Índia estão "muito abaixo dos níveis considerados seguros" para levantar as restrições, apesar do "rápido declínio dos casos de covid-19" no país.
A situação da campanha de vacinação da Índia varia dentro do país, onde a maioria dos estados mais importantes economicamente, como Maharashtra, Tamil Nadu, Utar Pradexe e Bengala Ocidental, ainda não atingiram "níveis seguros de vacinação", de acordo com o relatório publicado hoje.
O estudo refere também a importância do cuidado a ter com a variante Delta do SARS-CoV-2, uma vez que é mais transmissível, um fator que altera as previsões estatísticas que os Governos usam para determinar o reforço ou alívio de medidas restritivas.
A Oxford Economics alerta que, até o dia 22 de junho, apenas 3,9% da população indiana foi administrada com as duas doses da vacina, o que concluiu um "progresso lento" na campanha de vacinação no país.
O relatório conclui por aconselhar um alívio mais lento das restrições, de forma a não comprometer a segurança e a saúde dos cidadãos.
A Índia regista mais de 390 mil mortos provocados pela pandemia, com mais 30 milhões de infeções desde o início da pandemia, de acordo com dados Ministério da Saúde indiano.
A Índia viveu uma segunda vaga devastadora da pandemia, que atingiu o pico em meados de maio, com mais de 400 mil novos casos por dia, muito por causa da variante Delta, mas a curva de contágio tem vindo a descer.
Ainda assim, a Índia é o segundo país com mais casos a nível mundial, depois dos Estados Unidos, e o terceiro país do mundo com mais mortes devido à covid-19, depois dos EUA e Brasil, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins, dos Estados Unidos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.875.359 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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