Von der Leyen admite que UE está "preocupada" com variante Delta

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reconheceu hoje que a UE está "preocupada" com a variante Delta da covid-19, apelando à manutenção dos gestos barreira e à vacinação.

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Lusa
25/06/2021 13:18 ‧ 25/06/2021 por Lusa

Mundo

UE/Cimeira

"Até ao final da semana, quase 60% dos adultos na União Europeia terão recebido pelo menos uma dose [de vacina anti-covid], e teremos quase 40% [da população] completamente vacinada. É um grande passo em frente, mas é também necessário, porque estamos preocupados com a variante Delta", salientou a presidente do executivo comunitário.

Ursula von der Leyen falava em conferência de imprensa após a cimeira do Conselho Europeu, que decorreu na quinta e na sexta-feira, e onde os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) abordaram, entre outros temas, a situação pandémica no bloco.

Relembrando que, no Reino Unido, a variante Delta (inicialmente detetada na Índia) tornou-se "dominante", representando cerca 90% dos casos de covid-19, Von der Leyen destacou que, na Europa, a variante também está a "progredir e a acelerar".

"As boas notícias é que vemos que a vacinação protege: a vacinação com duas doses protege muito eficazmente contra a variante Delta, e uma dose fornece, pelo menos, uma diminuição na severidade da doença", apontou.

Apesar disso, a presidente da Comissão Europeia avisou que é preciso "manter-se vigilante" no que se refere à evolução da variante Delta, apelando a que os Estados-membros se mantenham "muito coordenados" nas medidas restritivas, e que os gestos barreira, como a "máscara ou o distanciamento social", permaneçam.

"E precisamos de vacinar, vacinar, vacinar: é a melhor estratégia contra estas variantes", salientou Von der Leyen.

Num relatório divulgado na quarta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estimou que a variante Delta do SARS-CoV-2 seja responsável por 90% das novas infeções na Europa até final de agosto e por um aumento nos internamentos e mortes, pedindo avanços rápidos na vacinação na UE.

Apontando que a mutação detetada na Índia (e designada como Delta) é entre 40% a 60% mais transmissível do que a variante detetada no Reino Unido, estando também associada a um maior risco de hospitalizações e mortes, o ECDC assinalou que "aqueles que receberam apenas a primeira dose - de um processo de vacinação de duas - estão menos protegidos".

"No entanto, a vacinação completa proporciona uma proteção quase equivalente contra a variante Delta", adiantou a agência europeia.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos 3.903.064 vítimas em todo o mundo, resultantes de mais de 179.931.620 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.079 pessoas e foram confirmados 869.879 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: AO MINUTO: Vacinação indevida foi "desobediência". AML volta a restrições

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