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Sociedade de Infetologia adverte que a Venezuela está exposta à 3.ª vaga

A Sociedade Venezuelana de Infetologia (SVI) alertou hoje que a Venezuela "está exposta" a uma terceira vaga da pandemia de covid-19, sendo necessário acelerar a vacinação em massa, melhorar o sistema de diagnóstico e educar a população.

Sociedade de Infetologia adverte que a Venezuela está exposta à 3.ª vaga
Notícias ao Minuto

18:50 - 28/06/21 por Lusa

Mundo Covid-19

"A epidemia continuará a evoluir na medida em que não fizermos o que for apropriado para a deter. É importante a educação, vacinação em massa e devemos continuar a usar máscaras mesmo depois de vacinados, que isso ajudará a controlar a infeção quando temos tão poucos vacinados", disse o presidente da SVI aos jornalistas.

Manuel Figueira insistiu que "uma terceira vaga virá" e que é preciso "fazer a população entender que embora as vacinações tenham começado, o problema não está resolvido".

O presidente da SVI alerta que na Venezuela apenas "aproximadamente 1% da população" está vacinada contra a covid-19 "e 4% adoeceram" pelo que "o país ainda tem 95% da população com capacidade para se infetar".

"Segundo os dados oficiais, na Venezuela ainda estamos na segunda vaga. Estamos aparentemente com um longo patamar e o que está acontecendo é que os casos mudaram de região (...) É preocupante que entremos no período de férias. Haverá maior mobilidade da população interna e externa e isso aumenta a possibilidade de que entre (chegue ao país), por exemplo, a variante Delta (indiana), que é a mais contagiosa", disse.

Manuel Figueira recomenda à população o reforço das medidas de proteção e fazer testes quando surgirem suspeitas explicando que "o antígeno é mais barato e nos primeiros cinco dias de sintomas tem maior possibilidade de testar positivo. O PCR tem maior possibilidade de testar positivo antes dos sintomas e mesmo depois desses cinco ou sete dias de evolução inicial".

"É preciso estar atento: hoje em dia existem pessoas com sintomas leves como dor de garganta, mal-estar geral, que chamam de 'gripezinha', que no contexto epidemiológico de uma pandemia deve ser considerada como covid-19. Se alguém tiver um sintoma como diarreia, mal-estar geral, ou dor de garganta, deve simplesmente se isolar e entrar em contacto com o seu médico" ", frisou.

Desde março de 2020 que a Venezuela está em quarentena preventiva e atualmente tem um sistema de sete dias de flexibilização, seguidos de outros sete dias de confinamento rigoroso.

O país contabilizou 3.068 mortes e 269.365 casos da doença, desde o início da pandemia, de acordo com dados oficiais divulgados em 23 de junho.

Em 30 de maio de 2021 a Venezuela iniciou um programa de vacinação da população que prevê imunizar 70% dos venezuelanos, tendo recebido 3 milhões de doses das vacinas Sinoparm (chinesa), Sputnik V (russa) e da Abdala (candidata a vacina, fabrica em Cuba).

Em várias ocasiões os profissionais de saúde têm alertado que são necessárias 40 milhões de doses de vacinas para imunizar a população.

Outro alerta dos profissionais de saúde é que apenas 42% dos trabalhadores do setor foram vacinados e que morreram 670 médicos e enfermeiros por razões associadas à covid-19, desde o início da pandemia no país.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.925.816 de vítimas em todo o mundo, resultantes de 181.026.547 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 17.086 pessoas e foram confirmados 875.449 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Venezuela recebe primeiro lote de vacinas cubanas

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