"O TPI não era a sério, era preciso dispensar um homem problemático, um concorrente problemático, então, fui colocado lá", disse Gbagbo em Mama, a sua aldeia natal na Costa do Marfim, citado pela France-Presse (AFP).
O antigo chefe de Estado marfinense disse não se arrepender se tivesse "voltado com o título de criminoso", mas acabou por ser definitivamente absolvido em março pelo TPI, onde esteve a ser julgado por crimes contra a humanidade.
Esta foi a primeira vez, desde que regressou à Costa do Marfim em 17 de junho, depois de uma ausência de dez anos, que o antigo Presidente da Costa do Marfim fala publicamente sobre a absolvição.
Em Mama foi recebido por milhares de pessoas.
Laurent Gbagbo, que estava no poder desde 2000, foi preso em abril de 2011 em Abidjan, e transferido sete meses depois para o TPI para ser julgado pelos atos de violência cometidos depois das presidenciais de 2010.
A recusa em reconhecer a vitória de Alassane Ouattara provocou uma crise pós-eleitoral violentíssima e que deixou 3.000 mortos.
Reeleito em outubro de 2020 para um polémico terceiro mandato, Ouattara deu luz verde para o retorno de Laurent Gbagbo alguns dias depois da absolvição pelo TPI.
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