Até ao momento, 15 pessoas foram detidas e outras três encontram-se foragidas, entre elas um polícia civil, que informou às autoridades que se irá entregar, indicaram fontes policiais à imprensa.
Além dos 18 mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça Federal em Campinas por suspeitas de tráfico internacional de drogas a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos, foram ainda cumpridos dois mandados de busca e apreensão na operação denominada 'Airline'.
Participaram na operação 40 polícias federais, cinco equipas do Batalhão da Polícia Militar do Estado de São Paulo e das corregedorias das polícias Civil e Militar de São Paulo.
A investigação teve início a partir da análise de documentos e informações de inteligência policial obtidos durante a operação 'Overload', desencadeada em outubro do ano passado, e tem por objetivo "desarticular definitivamente a organização criminosa com a prisão dos envolvidos", indicou a Polícia Federal (PF) em comunicado.
"A atual fase de investigação, após conclusão de mais de 60 exames periciais, 45 relatórios de análises de informações contidas em dispositivos e documentos apreendidos, compreendendo quase 10.000 páginas de instrução, permitiu à Polícia Federal concluir pela existência de um corpo probatório robusto da prática de crimes de tráfico internacional de drogas", explicou a corporação.
Assim como acontecia no Aeroporto de Viracopos, a PF acredita que os investigados enviaram, a partir do Aeroporto Internacional de Guarulhos, pelo menos meia tonelada de cocaína para a Europa, através de falsificação de documentos, como etiquetas de passageiros, cargas e aquisição fraudulenta de diplomas de ensino superior, extorsão, extorsão mediante sequestro, além de corrupção ativa e passiva.
A operação de hoje trata-se da terceira fase da operação 'Overload'.
Durante as investigações da operação 'Overload', a polícia indicou ter constatado a existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico internacional de drogas operando a partir do Aeroporto de Viracopos, envolvendo "empregados de empresas terceirizadas, de companhia aérea, integrantes das Forças de Segurança Pública e estrangeiros em solo europeu".
"Finalmente consideramos essa quadrilha definitivamente desarticulada. Haverá desdobramentos e novas investigações porque a riqueza de material e documentos apontam para outros crimes e envolvimento de outras pessoas", afirmou hoje o chefe da esquadra da Polícia Federal em Campinas, Edson Geraldo de Souza, citado pela Agência Brasil.
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