Ataque de pirataria informática nos EUA "parece" que causou poucos danos

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse hoje que o ataque informático ocorrido este fim de semana através da empresa tecnológica norte-americana Kaseya "parece" ter causado poucos danos nas companhias do seu país.

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© SAUL LOEB/AFP via Getty Images

Lusa
06/07/2021 23:57 ‧ 06/07/2021 por Lusa

Mundo

Biden

"Parece que causou danos mínimos às empresas dos EUA, mas ainda estamos a receber informação, disse Biden aos jornalistas durante um evento na Casa Branca, horas depois de receber informação detalhada sobre o caso.

Na ocasião, Biden não detalhou uma possível resposta do seu governo, dizendo apenas: "Sinto que vamos ter a capacidade de poder responder".

As agências de informações dos EUA ainda não identificaram os autores do ataque, que afetou mais de 1.500 empresas em todo o mundo.

O ato de pirataria ocorreu este sábado através de Kaseya, uma empresa de programas informáticos, sedeada em Miami, no Estado da Florida, que vende serviços a mais de 40 mil organizações em todo o mundo.

O grupo REvil, de origem russa, apontado por analistas como autor do ataque, reclamou um resgate de 70 milhões de dólares para desbloquear os sistemas das empresas afetadas, noticiaram hoje títulos noticiosos dos EUA.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, assegurou hoje que o REvil "opera a partir da Rússia com filiais em todo o mundo" e realçou que Washington tinha sido "claro" com Moscovo, que acusa de não responder de forma contundente aos ciberataques contra as suas empresas.

"Se o governo russo não quer ou não pode tomar medidas contra os atores criminosos que residem na Rússia, nós o faremos, ou pelo menos reservamo-nos o direito de tomar medidas por nossa conta", advertiu Psaki, durante a sua conferência de imprensa diária.

Biden deve reunir-se na quarta-feira com dirigentes dos departamentos de Estado, Justiça e Segurança Nacional e congressistas, "para falar sobre o 'ransomware' e os esforços para o contrariar", acrescentou.

O designado 'ransomware' refere-se a um ataque informático que impede os proprietários de uma determinada informação de lhe terem acesso, os quais são depois confrontados com uma exigência de resgate para voltarem a acederem aos seus sistemas.

O ciberataque de Kaseya ocorreu depois dos verificados nos últimos meses nos EUA, como o feito à Colonial, a maior rede de oleodutos do país, e à JBS, o maior processador de carne mundial.

Leia Também: EUA pedem ao Irão para parar escalada de experiências com nuclear

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