As penas vão de quatro a seis meses e um arguido foi absolvido por falta de provas, neste caso de ciberassédio -- assédio verbal ou psicológico efetuado por meios de comunicação eletrónicos - que desencadeou um debate aceso em França sobre o direito à blasfémia.
Os onze jovens condenados, com idades compreendidas entre os 18 e 29 anos, foram julgados por espalharem algumas das milhares de mensagens de ódio e ameaças de morte contra Mila.
"Ganhámos e voltaríamos a ganhar. Não quero que as vítimas se voltem a sentir culpadas", disse Mila, que teve de abandonar a escola e viver sob proteção policial por causa das ameaças.
Vários arguidos foram também condenados a pagar à jovem 1.500 euros por danos causados e 1.000 euros de despesas legais.
"Consideramos os arguidos responsáveis pelos danos causados a Mila", salientou o juiz presidente do julgamento, Michaël Humbert.
"As redes sociais são a rua. Quando se passa por alguém na rua, não a insultamos, não a ameaçamos, não fazemos troça de alguém. O que não se faz na rua, não se faz nas redes sociais", insistiu o magistrado.
A adolescente foi alvo de "100.000 mensagens" de ódio nas redes sociais, com insultos e ameaças, entre janeiro e novembro de 2020, segundo o advogado de acusação Richard Malka.
O caso de Mila desencadeou muitos debates em França, um país marcado por ataques de fundamentalistas islâmicos, como o ataque ao semanário Charlie Hebdo em 2015.
Leia Também: EUA pedem ao Irão para parar escalada de experiências com nuclear
