A Nigéria, maior produtor de petróleo do continente, tem enfrentado uma crise económica desde o início da pandemia, em parte devido à queda dos preços dos hidrocarbonetos, e, em 2020, mais de sete milhões de nigerianos estavam na pobreza.
Várias regiões do país enfrentam também uma crescente insegurança. No centro e noroeste do país, grupos criminosos aterrorizam a população, roubando gado e promovendo raptos para obterem resgates, enquanto o nordeste da Nigéria é afetado por uma insurreição 'jihadista' há mais de 10 anos.
O montante hoje aprovado será financiado por empréstimos internacionais e locais e representa mais 183 milhões de euros do que o pedido em junho pelo Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, aos deputados, noticia a agência Efe.
Cerca de 722 mil milhões de nairas (1,5 mil milhões de euros) serão utilizados para comprar equipamento adicional para as forças de segurança, enquanto 60 mil milhões de nairas (123 milhões de euros) serão alocados para novas vacinas contra a covid-19.
O Governo nigeriano aprovou, em dezembro, um orçamento recorde de 28 mil milhões de euros para 2021, 20% acima do orçamento do ano anterior.
Na ocasião, o executivo não incluiu fundos para as vacinas, cujas condições de compra não eram claras na altura.
A Nigéria recebeu, em março, quase quatro milhões de doses de vacinas, financiadas pelo dispositivo Covax, que pretende fornecer vacinas a países com baixos rendimentos.
Desde o início da pandemia, a Nigéria registou oficialmente 168.000 casos de covid-19, incluindo 2.122 mortes. No entanto, teme-se que os números possam ser mais altos, uma vez que o número de testes realizados é baixo.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.996.519 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 184,4 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
De acordo com os dados mais recentes do África CDC, o continente ultrapassou totaliza hoje mais de 5,73 milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia, incluindo 147.920 mortos.
A doença é transmitida pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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