"Fixámos um prazo de novembro ou dezembro para que todos os refugiados da Nigéria que se encontram no território da região de Diffa regressem a casa, ou seja, mais de 130.000 pessoas", afirmou Bazoum, numa conferência de imprensa em Paris, à margem de uma cimeira extraordinária do G5-Sahel, citado pela agência France-Presse.
A região nigerina de Diffa alberga cerca de 300.000 refugiados nigerianos e mais de 100.000 deslocados que fogem dos ataques dos grupos 'jihadistas' Boko Haram e Estado Islâmico Na África Ocidental, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
O estado de Borno, no nordeste da Nigéria, enfrenta uma grave crise humanitária, após 12 anos de insurreição 'jihadista'.
Perante os ataques em vários estados da região, Bazoum, que fez uma visita a Paris, apesar de a cimeira se ter realizado de forma virtual, afirmou que "a única forma" de os Estados afirmarem a sua autoridade passa por garantir a reocupação do seu espaço e a normalização da situação do seu povo.
Durante a cimeira extraordinária, o diplomata do Burkina Faso Yemdaogo Eric Tiare foi nomeado como novo secretário executivo do G5-Sahel.
Diplomata por formação, Yemdaogo Eric Tiare desempenhou funções como embaixador em França e era, desde 2015, representante perante do Burkina Faso junto da ONU.
Yemdaogo Eric Tiare, 61 anos, sucede assim ao nigerino Maman Sidikou -- agora o alto representante da União Africana no Mali e Sahel.
Os chefes de Estado do grupo saudaram, no seu comunicado final, "o importante trabalho realizado" por Sidikou, "em particular o posicionamento estratégico do G5-Sahel no ambiente regional e internacional".
A presidência rotativa do G5-Sahel permanece nas mãos do Chade, apesar da morte do Presidente Idriss Déby Itno, em abril, então substituído pelo seu filho Mahamat Idriss Déby, que assinou o comunicado final hoje emitido.
O G5-Sahel integra Burkina Faso, Chade, Mali, Mauritânia e Níger.
Leia Também: Pelo menos 18 mortos em suposto ataque terrorista na Nigéria