Em comunicado, a organização pan-árabe afirmou que "acompanha com preocupação" os acontecimentos que eclodiram nas províncias mediterrânicas de Tartus, vizinha costeira de Latakia, bem como em Homs (centro), e que fizeram pelo menos 17 mortos, 14 deles soldados, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos.
O secretariado-geral da Liga Árabe reafirmou o que foi dito na declaração de Aqaba do Comité de Contacto sobre a Síria, que se reuniu nesta cidade jordana em meados de dezembro, e que concordou em "apoiar o povo sírio irmão e prestar-lhe toda a assistência e apoio nesta delicada etapa e respeitando a sua vontade e as suas escolhas".
A organização sublinhou ainda a necessidade de todas as partes respeitarem "a soberania, a integridade territorial e a estabilidade da Síria", e de "serem restringidas as armas do Estado, quaisquer formações armadas serem dissolvidas e as intervenções estrangeiras desestabilizadoras serem rejeitadas".
O secretariado-geral manifestou a sua confiança "na capacidade do povo sírio, com todos os seus componentes e líderes (...) de manter a paz civil e a coesão nacional nesta fase delicada", desejando que a "Síria emerja mais forte da crise".
As novas autoridades sírias lançaram na quinta-feira operações contra grupos armados leais ao Presidente deposto, Bashar al-Assad, matando seis pessoas, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
A principal operação foi realizada na província costeira de Tartus, bastião da minoria alauita de onde é natural al-Assad, derrubado a 08 de dezembro por uma coligação de rebeldes liderada pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham ou HTS, em árabe).
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