Aquela receita, a maior da história do canal, representa um aumento de 2,2% em relação ao ano anterior, adiantou a autoridade egípcia, presidida pelo almirante Osama Rabie, num comunicado, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
A autoridade gestora da via navegável que liga o mar Mediterrâneo ao mar Vermelho revelou ainda que durante o primeiro semestre deste ano obteve uma receita de 3.000 milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros), o que representa um aumento de 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
"As políticas flexíveis de promoção e de preços da autoridade têm sido bem-sucedidas" e ajudaram a "reduzir o impacto negativo da crise do coronavírus", disse Rabie, adiantando que foi possível "manter as taxas de trânsito de navios no canal e ganhar a confiança dos clientes".
O presidente da Autoridade do Canal do Suez não faz referência no comunicado ao bloqueio de seis dias causado pelo porta-contentores Ever Given, que ficou atravessado na via.
O navio abandonou o canal esta semana após ter estado mais de três meses retido, e depois de as autoridades egípcias e o seu proprietário terem chegado a um acordo "confidencial".
O bloqueio do canal durante quase uma semana significou perdas de entre 72 e 90 milhões de dólares (60,6 e 75,7 milhões de euros), segundo a autoridade, que exigiu inicialmente uma compensação de 916 milhões de dólares (772 milhões de euros) pelos prejuízos causados. Posteriormente, terá concordado reduzir a indemnização para os 550 milhões de dólares (463 milhões de euros).
O acidente teve efeitos na economia a nível mundial, dado que cerca de 12% do comércio marítimo internacional passa pelo Canal do Suez.
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