O acordo entre a GAVI e os dois grupos farmacêuticos chineses, o acordo também inclui opções para a compra de doses adicionais nos próximos meses, disse num comunicado a organização, um dos membros fundadores do Fundo de Acesso Global para Vacinas covid-19 (Covax), criando em conjunto com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras entidades.
"Graças a este acordo, e porque essas vacinas já receberam aprovação emergencial da OMS, podemos começar a entregar as doses aos países imediatamente", disse Seth Berkley, que dirige a Aliança para as Vacinas.
Até hoje, o sistema Covax, que visa garantir acesso equitativo às vacinas contra a covid-19, distribuiu mais de 102 milhões de doses em 135 países.
Isto é muito menos do que as metas propostas no início do ano, já que, desde que a Índia bloqueou as exportações da vacina AstraZeneca destinadas ao Covax e os países ricos se apoderarem das vacinas, a desigualdade da distribuição agravou-se a ponto de ser denunciada como "obscena" pelo responsável da OMS.
Enquanto a União Europeia (UE) e os Estados Unidos imunizam a maior parte da sua população, incluindo crianças a partir dos 12 anos, o continente africano, por exemplo, só conseguiu vacinar cerca de 1% da sua população.
O acordo anunciado hoje prevê a compra de 60 milhões de doses no período entre julho e o final de outubro da Sinopharm e 50 milhões de doses entre julho e o final de setembro da Sinovac.
No total, cerca de 170 milhões de doses de Sinopharm poderiam ser adquiridas até o final do primeiro semestre de 2021, dependendo das necessidades. No caso do Sinovac, o número total de doses adquiridas pode chegar a 380 milhões até ao final de junho de 2022.
Essas doses serão disponibilizadas tanto a participantes do Covax que pagam pelas vacinas quanto aos que beneficiam de doações das doses, financiada por doadores.
O Covax planeia distribuir dois mil milhões de doses até ao início de 2022, incluindo 1,8 mil milhões aos 92 países mais pobres, que beneficiam do mecanismo de doação.
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