"O governo vai organizar um voo especial na manhã de 17 de julho, em Cabul, para permitir o regresso a França de toda a comunidade francesa" e "não poderá ser fretado nenhum outro voo especial", adianta a embaixada num comunicado, recomendando "formalmente a todos os franceses que tomem esse voo especial".
A missão diplomática informa os franceses que pretendam "ficar no Afeganistão depois de 17 de julho" que "não poderá garantir a segurança da (sua) partida".
Precisa que "a equipa da embaixada está a trabalhar", dando a entender que a representação diplomática fica para já aberta, e reafirma o seu "apoio, hoje mais que nunca, à República Islâmica do Afeganistão".
As tropas estrangeiras, presentes há 20 anos no Afeganistão no âmbito de uma coligação conduzida pelos Estados Unidos sob a égide da NATO, iniciaram em maio a sua retirada definitiva do país, que deve estar concluída até ao final de agosto.
Aproveitando a situação, os talibãs conduzem há dois meses uma grande ofensiva contra as forças afegãs, tendo tomado vastas zonas rurais do território.
Privadas do crucial apoio aéreo norte-americano, as forças afegãos têm oposto pouco resistência ao avanço dos rebeldes e controlam essencialmente apenas as principais vias e as capitais provinciais, algumas das quais já estão cercadas.
Os talibãs assumiram recentemente o controlo de vários distritos de províncias vizinhas de Cabul, fazendo recear um ataque próximo à capital afegã e ao seu aeroporto, a única saída da cidade para estrangeiros.
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