Benet devolveu o convite a Bolsonaro e disse que ficaria "encantado em recebê-lo na embaixada do Brasil em Jerusalém, quando esta for inaugurada", promessa que o chefe de Estado brasileiro fez durante a gestão de Benjamin Netanyahu, com quem manteve uma relação estreita e a quem descreve como um "grande amigo".
O chefe de Governo israelita elogiou as posições do Brasil "como membro (não permanente) do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e enfatizou a sua firme e contínua posição ao lado de Israel na arena internacional", indicou, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro de Israel.
Desde que Bolsonaro assumiu o poder, em 01 de janeiro de 2019, "as relações com Israel foram elevadas a um novo nível de prioridade" e refletiram-se na rutura da tradicional diplomacia brasileira ao não apoiar na ONU no que considera ser um "tratamento discriminatório contra Israel", no contexto do conflito com a Palestina.
O Presidente brasileiro prometeu, antes de tomar posse, transferir a embaixada de Tel Aviv para Jerusalém - polémica decisão adotada pelos Estados Unidos, Guatemala, Kosovo e Honduras - embora, até ao momento, não se tenha concretizado e só tenha sido inaugurado, em dezembro de 2019, um escritório comercial na Cidade Santa.
Com a chegada de Benet ao cargo - que ocupará nos dois primeiros anos de legislatura, até 2023, quando o entregará ao seu parceiro de Governo, o centrista Yair Lapid - Bolsonaro prometeu manter uma aliança estreita e "permanecer ao lado do povo judeu. ".
O mandatário israelita "agradeceu ao Presidente pelas suas calorosas felicitações pelo estabelecimento do Governo em Israel e observou que ele tem sido um grande amigo do Estado de Israel".
Os líderes asseguraram que "os dois países têm muito em comum e acordaram aprofundar as relações bilaterais e a cooperação em diversas áreas, especialmente em assuntos económicos e de alta tecnologia", acrescentou a nota oficial.
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