"Estou próximo do querido povo cubano nestes tempos difíceis, em particular das famílias, que são as que mais sofrem. Rezo ao Senhor para ajudar a construir em paz, diálogo e solidariedade uma sociedade cada vez mais justa e fraterna", disse o pontífice.
As palavras de Francisco foram proferidas perante centenas de fiéis e peregrinos que se deslocaram à Praça de São Pedro para a oração do Angelus, alguns com bandeiras cubanas, que aplaudiram enquanto escutavam o Papa.
Francisco retomou a sua habitual aparição dominical na janela do Vaticano para saudar os fiéis, duas semanas após uma cirurgia ao cólon, em 04 de julho.
Há uma semana, o Papa deu a bênção a partir de uma varanda do hospital.
Após 10 dias no maior hospital católico de Roma, Francisco regressou à sua casa, na Cidade do Vaticano, em 14 de julho.
Milhares de cubanos saíram às ruas no último domingo para protestar contra o governo comunista, num dia sem precedentes que resultou em centenas de detenções e vários confrontos.
Os protestos, os maiores desde o "Maleconazo" de agosto de 1994, ocorreram com o país caribenho mergulhado numa grave crise financeira e de saúde, com a pandemia da covid-19 fora de controlo e com uma séria escassez de alimentos, medicamentos e outros produtos básicos, além dos cortes de energia e Internet móvel.
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