EUA lançam segundo ataque aéreo contra Al-Shabab na Somália esta semana

O exército norte-americano lançou hoje um ataque aéreo contra o grupo extremista Al-Shabab na Somália, pela segunda vez esta semana, adiantando que aconteceu em apoio às forças militares parceiras dos Estados Unidos da América (EUA) naquele país africano.

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Lusa
23/07/2021 23:35 ‧ 23/07/2021 por Lusa

Mundo

Ataque aéreo

 

De acordo com o Pentágono, a investida de hoje foi permitida através da autorização do Congresso para o uso de força militar.

Cindy King, porta-voz do Pentágono, disse que o ataque aéreo foi coordenado com o governo somali e ocorreu na área de Galmudug, no centro do país, nos arredores de Qeycad, acrescentando, segundo a agência de notícias AP, que não serão divulgados mais detalhes por questões de segurança.

O ataque anterior, ocorrido da terça-feira, foi o primeiro na Somália desde que o Presidente dos EUA, Joe Biden, assumiu o cargo em janeiro.

O Comando Militar Norte-Americano para África (AFRICOM) "realizou hoje um ataque aéreo nas proximidades de Galkayo", 700 quilómetros a nordeste de Mogadíscio, revelou à agência AFP Cindy King, na ocasião.

Os EUA retiraram a maior parte das suas tropas da Somália nos últimos dias do mandato de Donald Trump, transferindo-as para países vizinho, onde aconselham e auxiliam, de forma remota, as forças somalis contra a Al-Shabab, uma associada do grupo terrorista Al-Qaeda.

Após tomar posse na Casa Branca no dia seguinte, Joe Biden limitou o uso de drones contra grupos 'jihadistas' fora dos 'teatros de guerra' onde os norte-americanos estão oficialmente envolvidos, revertendo uma política do seu antecessor, Donald Trump, que tinha dado carta branca aos militares em países como Somália ou Líbia.

Em março, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, tinha referido que qualquer ataque planeado contra grupos 'jihadistas' fora do Afeganistão, Síria e Iraque passava a ser submetido à Casa Branca antes de ser executado.

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, tinha desde o início do seu mandato, em 2016, diminuído o controlo que o antecessor, Barack Obama, exercia sobre as operações armadas, defendendo que confiava nos seus generais.

Desde então os ataques com recurso a drones multiplicaram-se, passando de 11 bombardeamentos na Somália, em 2015, para 64 em 2019 e 54 em 2020, segundo a organização Airwars.

Pouco antes da sua saída do poder, Trump ordenou a retirada de cerca de 700 soldados das forças especiais que tinham sido destacados para a Somália com o objetivo de treinar e aconselhar o exército daquele país.

Leia Também: Ataques em Moçambique. África do Sul vai liderar força da SADC

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