A medida foi aprovada pela Assembleia Nacional francesa por 156 votos a favor, 60 contra e 14 abstenções, no final de uma maratona parlamentar iniciada na terça-feira e várias manifestações de opositores.
Após uma primeira mobilização geral a 17 de julho, dezenas de manifestações contra restrições sanitárias realizaram-se novamente lugar no sábado.
O Senado francês aprovou, na madrugada de domingo, o passe sanitário, mas com modificações, como a isenção para menores e em esplanadas de bares e restaurantes, bem como em centros comerciais por causa do acesso a supermercados.
Os senadores decidiram também que a utilização do passe sanitário será limitada até ao fim do estado de urgência sanitário, previsto até 31 de outubro.
Os senadores querem ainda que os jovens de 16 e 17 anos não precisem da autorização dos pais para se vacinarem. Também as medidas de isolamento obrigatório para os infetados foram aligeiradas.
O passe sanitário, que tem ainda de passar pelo Conselho Constitucional, deverá ser implementado no início de agosto.
No domingo, o país registou 16.167 novos casos de covid-19 e mais seis mortes devido à doença, de acordo com o balanço diário da agência de saúde pública francesa.
Comparativamente às estatísticas de sábado, há menos 16 mortes e menos 9.457 infeções diárias.
Apesar da quebra no número diário de infetados, o Governo francês estima que, em agosto, essa cifra possa chegar aos 50 mil em consequência da circulação da variante Delta do coronavírus SARS-CoV-2, mais transmissível e que esta semana representava 80% dos contágios.
Desde o início da pandemia, o país totalizou 111.644 mortos entre 5.993.937 infetados.
Quase 60% da população francesa recebeu pelo menos uma dose da vacina Covid-19, indicaram os dados de saúde divulgados ao domingo à noite.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.156.164 mortos em todo o mundo, entre mais de 193.687.980 de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.292 pessoas e foram registados 953.059 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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