EUA e 20 aliados pedem respeito pelos direitos humanos ao Governo cubano
Uma coligação de 20 países, liderada pelos Estados Unidos, apelou hoje às autoridades de Cuba para que respeitem os direitos humanos e libertem os detidos após os protestos antigovernamentais sem precedentes na ilha, registados a 11 deste mês.
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Mundo Cuba
Os signatários do comunicado, assinado pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, pedem a Havana que "respeite os direitos e liberdades legalmente garantidos do povo cubano" e "liberte os detidos por terem exercido seus direitos durante manifestações pacíficas".
"Instamos o Governo cubano a ouvir as vozes e os pedidos do povo cubano. A comunidade internacional não vacilará no seu apoio ao povo cubano e a todos aqueles que lutam pelas liberdades fundamentais que todos merecem", lê-se no comunicado conjunto, em que também se pede o fim das restrições à Internet.
A 12 deste mês, um dia após o início dos protestos, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, já tinha apelado ao regime cubano para "ouvir o povo e responder às suas necessidades", considerando que os protestos em Cuba constituem um "valente exercício de direitos fundamentais".
"O povo está a exercer, com valentia, os direitos fundamentais e universais. [...] Estamos ao lado do povo cubano e do seu vibrante apelo para a liberdade e para ser libertado das dramáticas garras da pandemia e das décadas de repressão e sofrimento económico impostas pelo regime autoritário" de Cuba, declarou Biden um comunicado divulgado pela Casa Branca e relacionado com as históricas manifestações contra o regime que ocorreram em Cuba.
Brasil, Colômbia e Equador estão entre os Estados conservadores da América Latina que aderiram à coligação, enquanto a Coreia do Sul, aliada dos Estados Unidos, é o único país asiático na lista. Na Europa, Áustria, Polónia e Grécia também estão entre os Estados signatários.
No entanto, outros aliados próximos dos Estados Unidos estão ausentes, como os casos do Reino Unido, França, Alemanha, Espanha e mesmo o Canadá e o Japão - apesar do forte desejo de Tóquio de trabalhar em estreita colaboração com Joe Biden, após anos de intensa turbulência sob Donald Trump.
Biden tem como prioridade unir os aliados do país, mas as autoridades de Washington têm estado historicamente isoladas na sua postura em relação ao regime de Havana.
A 22 deste mês, a administração de Biden impôs sanções ao ministro da Defesa cubano Alvaro Lopez Miera, e à Brigada Especial Nacional do Ministério do Interior.
Na ocasião, adiantou que estava a tentar encontrar uma forma de restaurar o acesso à Internet na ilha, além de permitir que cubano-norte-americanos enviassem dinheiro a parentes sem que o governo cubano o pudesse taxar.
A 11 deste mês, Cuba foi palco de protestos sem precedentes, com o país a passar pela pior crise económica em anos, em parte devido às medidas rígidas para limitar a disseminação do covid-19.
No final das manifestações, que provocaram um morto e dezenas de feridos, cerca de 100 pessoas foram presas, segundo várias organizações de oposição.
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