Hospitais de Banguecoque lotados devido a forte surto da doença
A pressão sobre os hospitais de Banguecoque encontra-se num momento crítico com uma ocupação de 100% de doentes com covid-19 verificando-se um aumento preocupante do número de contágios, anunciaram as autoridades.
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Mundo Covid-19
De acordo com os dados dos Serviços Médicos, publicados no sábado, encontram-se ocupadas todas as 36.977 camas para doentes com covid-19 nos centros públicos e privados, hospitais de campanha e equipamentos hoteleiros adaptados da capital tailandesa.
O hospital público de Rachapiphat instalou dezenas de camas para doentes afetados pelo SARS-CoV-2 no parque de estacionamento do edifício.
A escassez de camas coincide com o número de pedidos de ajuda de familiares de pessoas infetadas e que têm de aguardar em casa disponibilidade nos hospitais.
Apisamai Srirangsan, porta-voz da agência para a gestão da pandemia, disse que cinco pessoas foram encontradas sem vida nas casas onde viviam depois de terem pedido ajuda médica.
As autoridades da capital começaram também a transportar as pessoas que testaram positivo para as cidades de origem.
Um comboio com mais de uma centena de pacientes acompanhados de equipas médicas e material hospitalar deixou hoje Banguecoque em direção ao noroeste do país.
O comboio vai deixar doentes infetados com SARS CoV-2 em sete províncias onde devem ser assistidos pelos hospitais locais.
O vice-primeiro-ministro Anutin Charnvirakul disse hoje que autocarros, carrinhas e aviões podem vir a ser requisitados para o transporte de doentes para as províncias de origem.
Inicialmente a Tailândia conseguiu conter as vagas da pandemia mas nos últimos meses os surtos aumentaram.
O governo do primeiro-ministro Prayuth Chan-ocha enfrenta neste momento fortes críticas por causa da gestão do surto da variante delta da doença.
Entretanto, o governador de Banguecoque, Aswin Kwanmuang disse que as autoridades locais vão coordenar com a companhia estatal de caminhos-de-ferro a instalação de um centro de campanha perto da estação de Bang Sue onde os doentes devem aguardar o transporte.
Alguns templos budistas anunciaram que vão proceder a cremações de forma gratuita, em todo o país, devido ao aumento do número de mortes.
Na segunda-feira, o ministro da Indústria Suriya Jungrungreangkit, disse que o país dispõe de oxigénio sanitário para enfrentar "a pior vaga de contágios e de óbitos" desde o início da crise.
A Tailândia - o primeiro país a detetar o novo coronavírus fora da República Popular da China, em janeiro de 2020 - registava hoje 14.150 novos casos e mais 118 mortes.
No total morreram 4.264 de covid-19 e registam-se 526.828 contágios desde o princípio da crise sanitária.
A capital da Tailândia e outras 12 províncias encontram-se sob confinamento parcial com recolher obrigatório noturno, encerramento de restaurantes e locais de lazer.
Os encontros e reuniões estão limitados a um máximo de cinco pessoas.
A campanha de vacinação, que começou em fevereiro, avança com atrasos estando neste momento apenas 5% da população inoculada com o composto completo.
Leia Também: Restrições reforçadas na Tailândia. Recolher obrigatório em Banguecoque
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