As autoridades estão alarmadas com as estatísticas de mortes em excesso desde o início da pandemia, que triplicam os números oficiais de mortes diretas com o novo coronavírus e fazem da Rússia um dos países do mundo mais afetados pela pandemia.
Nas últimas 24 horas, as autoridades russas detetaram 23.032 novos casos de covid-19, que totalizaram mais de 6,17 milhões registados desde o início da pandemia.
Moscovo, principal fonte de contaminação da pandemia no país, registou 2.623 novas infeções nas últimas 24 horas, elevando o número de casos na cidade para 1,49 milhões.
No mesmo período, 98 pessoas morreram na capital, elevando o número de mortes com covid-19 para 25.305 na maior cidade russa.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, insistiu hoje na ideia de que a vacinação em massa da população é a única maneira de combater com sucesso a pandemia.
"Apenas a vacinação de uma certa percentagem de cidadãos - não vou dar números, vários têm sido mencionados - nos permitirá conter esta praga", disse Peskov, durante uma conferência de imprensa.
Na semana passada, a vice-primeira-ministra russa, Tatiana Gólikova, estabeleceu a meta de imunizar 80% da população com pelo menos a primeira dose da vacina até 01 de novembro.
Embora a Rússia tenha atualmente quatro vacinas aprovadas - Sputnik V, EpiVacCorona, CoviVac e a de dose única Sputnik Light - as taxas de vacinação no país não satisfazem as autoridades.
De acordo com o Gogov.ru -- página 'online' que oferece dados atualizados e detalhados por região sobre o número de vacinas administradas no país -- hoje, na Rússia, 35.332.521 pessoas, ou seja, 24,17% da população, receberam pelo menos uma dose de uma das vacinas.
Do total de pessoas vacinadas, 23.409.973 - 16,02% da população -- receberam as doses completas.
Na última semana, de acordo com Gogov.ru, uma média de 367.499 pessoas foram vacinadas diariamente, o que significa que, se esse ritmo for mantido, serão precisos mais 92 dias para imunizar 60% da população adulta.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,6 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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