Aquilino Gonell, um dos primeiros agentes de autoridade a prestar depoimento na comissão parlamentar encarregada de investigar a invasão do Capitólio dos Estados Unidos, não pode conter a emoção no momento de recordar os violentos eventos do dia 6 de janeiro.
Enquanto respondia às questões dos congressistas sobre o ataque, Gonell disse que pensou para ele mesmo: "É aqui que vou morrer".
Recorde-se que a primeira audição, transmitida em direto para todo o país, tem lugar esta terça-feira e inclui o depoimento de agentes policiais.
Enquanto decorria a invasão à sede de Congresso, disse, vários membros da sua família tentavam contactá-lo.
"Para a maioria das pessoas, o dia 6 de janeiro aconteceu durante algumas horas. Mas para nós, que estávamos lá no meio, não acabou. Aquele dia continua a ser um trauma constante para nós", disse.
Aquilino Gonell era um dos agentes da polícia do Capitólio presentes no local, a 6 de janeiro© Chip Somodevilla/Getty Images
O sargento afirmou, ainda, que muitos dos seus colegas "se demitiram discretamente" nos meses que se seguiram ao ataque.
A insurreição do dia 6 de janeiro, sobre o Capitólio, ficou marcada pela morte de cinco pessoas e mais de uma centena de polícias agredidos por uma multidão composta por apoiantes do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Nesse dia, cerca de 10 mil pessoas cercaram e várias centenas forçaram a entrada no Capitólio, sede do Congresso norte-americano (sede do poder legislativo norte-americano), quando os congressistas estavam a certificar o resultado das eleições presidenciais de novembro de 2020 e a vitória do atual presidente, o democrata Joe Biden.
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