"Os meios de informação da Belsat foram considerados extremistas", declarou o ministério num comunicado divulgado na aplicação de mensagens instantâneas Telegram.
Esta decisão foi tomada hoje por um tribunal de Gomel, no sudeste da Bielorrússia, chamado a pronunciar-se pelo departamento de polícia regional encarregado do combate à corrupção e ao crime organizado, segundo a mesma fonte.
A decisão abrange o 'site' da internet da estação de televisão, bem como as suas páginas nas redes sociais, nomeadamente Facebook e Instagram.
A partilha de informações provenientes de "fontes extremistas" é punível com multa ou mesmo com prisão, recordou o ministério.
Desde há meses que o regime do Presidente, Alexandre Lukashenko, detém opositores, jornalistas e ativistas, para asfixiar definitivamente a contestação desencadeada pela sua reeleição -- considerada fraudulenta -- para um quinto mandato presidencial, em agosto de 2020.
Na semana passada, a Bielorrússia fez encerrar dezenas de organizações não-governamentais (ONG) e associações bielorrussas de áreas que vão da defesa dos direitos humanos ao jornalismo.
No início de julho, uma série de rusgas e detenções tiveram como alvos a imprensa independente e da oposição, enquanto 11 estudantes e um professor foram condenados a pesadas penas de prisão por se terem manifestado contra o poder.
Em fevereiro, duas jornalistas da estação televisiva Belsat, Daria Tchultsova e Katerina Bakhvalova, foram condenadas a dois anos de prisão, por terem fomentado "distúrbios" ao fazerem a cobertura dos protestos de 2020.
Esse movimento de contestação, que fez concentrar durante meses dezenas de milhares de manifestantes, foi reprimido com detenções em massa, por vezes tortura e exílio forçado para os seus líderes.
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