"O Presidente pede ao Congresso que prolongue a moratória sobre os despejos para proteger os inquilinos e famílias vulneráveis", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, citada em comunicado.
A moratória foi instituída pelo Centro de Prevenção e Controlo de Doenças (CDC), em setembro de 2020.
"Manter as pessoas em casa e fora de lugares lotados ou locais de aglomerações -- como abrigos para pessoas em situação de sem-abrigo --, evitando despejos, é um passo fundamental para ajudar a impedir a disseminação da covid-19", escreve o CDC no seu 'site' na Internet.
O plano surgiu em março de 2020 através da Administração Trump e do Congresso para evitar que milhões de norte-americanos que perderam emprego, devido à pandemia, fiquem desalojados, sendo prorrogado várias vezes.
"Uma decisão do Supremo Tribunal Federal determinou que uma autorização clara e específica do Congresso [...] seria necessária para que o CDC prolongasse a moratória além de 31 de julho", lamentou Jen Psaki, no comunicado.
De acordo Jen Psaki, Joe Biden pediu também às secretarias da Habitação e Desenvolvimento Urbano, Agricultura e Assuntos dos Veteranos, que administram o arrendamento de algumas moradias, "a prorrogar as moratórias até o final de setembro".
Por seu turno, o Departamento do Tesouro pediu na quarta-feira que se acelere o pagamento aos inquilinos de fundos fornecidos pelo governo federal para ajudá-los a pagar as rendas.
Dos 46 mil milhões dólares (38,7 mil milhões de euros) disponibilizados aos estados e comunidades locais para ajudar financeiramente inquilinos em dificuldade, apenas três mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) chegaram realmente às contas bancárias destes últimos, confirmou à AFP um funcionário do Tesouro.
Alguns republicanos, porém, acusaram Joe Biden de ter esperado até à última hora para agir.
"Estamos a três dias do fim da moratória inconstitucional dos despejos do CDC, e qual é a solução do presidente Biden? Culpar o Tribunal e pedir ao Congresso que a remedeie", disse o vice-presidente republicano da comissão dos Serviços Financeiros da Câmara dos Representantes, Patrick McHenry.
Patrick McHenry acrescentou que os membros republicanos da comissão criaram um documento para poder prorrogar a moratória, mas não obteve resposta.
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