Atleta bielorrussa vai para embaixada polaca após recusar-se a embarcar

A Polónia ofereceu ajuda à desportista de 24 anos. Tsimanouskaya criticou a federação de atletismo bielorrussa e temia ser levada para uma prisão na Bielorrússia.

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Notícias ao Minuto
02/08/2021 10:45 ‧ 02/08/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Tóquio'2020

A atleta bielorrussa Krystsina Tsimanouskaya foi vista a entrar, esta segunda-feira, na embaixada da Polónia em Tóquio, após ter pernoitado no hotel do aeroporto de Haneda por se ter recusado a regressar ao seu país. 

A informação foi adiantada esta manhã pela Reuters, momentos após Clément Beaune, ministro da Europa e dos Negócios Estrangeiros francês, ter afirmado que seria uma "honra" a Europa oferecer asilo político à desportista de 24 anos. 

A Polónia, onde muitos críticos do governo de Minsk residem hoje, mostrou-se disponível para ajudar Tsimanouskaya, oferecendo "um visto de cariz humanitário e a liberdade para a atleta continuar a sua carreira no desporto" no país. 

Krystsina Tsimanouskaya revelou, ontem, ter sido forçada a suspender a sua participação nos Jogos Olímpicos de Tóquio pelo selecionador da equipa bielorrussa, Iuri Moiseievitch, antes de ser acompanhada por responsáveis do Comité Olímpico Nacional bielorrusso para regressar ao seu país.

O regresso da jovem à Bielorrússia foi marcado após a atleta ter criticado violentamente a federação de atletismo bielorrussa, nas redes sociais, ao afirmar ter sido forçada a participar na estafeta 4x400 metros, quando inicialmente deveria competir nos 100 metros e nos 200 metros, pelo facto de outros atletas não terem realizado, segundo a sua versão, o número suficiente de controlos antidoping.

Entretanto, segundo o Comité olímpico bielorrusso, dirigido por Viktor Lukashenko, filho do Presidente Alexander Lukashenko, a atleta suspendeu a sua participação nos Jogos Olímpicos por "decisão dos médicos, devido ao seu estado emocional e psicológico".

Em declarações ao meio digital by.tribuna.com, Tsimanouskaya referiu que tinha "medo de ser enviada para a prisão" na Bielorrússia.

Leia Também: Atleta bielorrussa diz-se em "segurança" após evitar partida forçada

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