Segundo a imprensa israelita de hoje, as primeiras conclusões do Shin Bet indicam ter contribuído ainda para o ataque o tratamento dado por Israel aos prisioneiros palestinianos e a divisão interna no país sobre a reforma judicial.
O ataque do Hamas contra Israel em 07 outubro de 2023 resultou na morte de 1.200 pessoas e sequestro de 250, segundo Telavive, que em resposta atacou a faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, mantando mais de 48 mil pessoas em 15 meses, segundo as autoridades do enclave.
A imprensa divulgou hoje elementos da investigação levada a cabo por cada uma das unidades do Shin Bet e por uma equipa externa de antigos funcionários superiores.
A agência de informação reconhece também que sinais de alerta recebidos na noite de 06 de outubro não "resultaram em ações significativas", apesar de uma equipa de elite do Shin Bet e da polícia ter sido destacada para a fronteira de Gaza, mas que "não conseguiu impedir o ataque maciço do Hamas".
No relatório, o Shin Bet afirma ter tido um "entendimento incorreto" da força da barreira fronteiriça de Israel com Gaza e da capacidade de resposta das Forças de Defesa de Israel.
"A política de Israel em relação a Gaza consistiu em manter períodos de calma, o que permitiu ao Hamas aumentar maciçamente as suas forças", segundo o relatório.
Outra suposição que acabou por afetar o Shin Bet foi a crença de que o Hamas estava concentrado em lançar um ataque na Cisjordânia ocupada na véspera de 07 de outubro.
O serviço de segurança insiste na necessidade de uma investigação mais alargada.
Esta investigação surge cinco dias depois de o exército israelita ter publicado as conclusões do seu próprio inquérito, no qual reconhece que, durante anos, subestimou o Hamas.
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