"Os elementos que regressavam de uma patrulha estavam a descansar quando foram atacados por Boko Haram", disse à agência noticiosa francesa AFP o dirigente do governo regional Haki Djiddi, acrescentando que "24 soldados foram mortos, vários foram feridos e outros soldados estão desparecidos no deserto".
O ataque, que teve lugar na ilha de Tchoukou Telia, 190 quilómetros a noroeste de N'Djamena, foi confirmado à AFP pelo porta-voz do exército, general Azem Bermandoa Agouna, que se recusou a fazer qualquer avaliação.
O Lago Chade é uma vasta extensão de água e pântano pontilhado de ilhas habitadas no oeste, algumas das quais são bases do grupo nigeriano Boko Haram ou da sua ala Estado Islâmico na África Ocidental (Iswap).
As autoridades chadianas referem-se a ambos os grupos como "Boko Haram" e a zona tem sido palco de ataques regulares contra o exército e civis.
Em março de 2020, uma centena de soldados chadianos foram mortos numa noite pelo grupo Boko Haram, na península de Bohoma, onde se encontra uma base do exército chadiano. O Presidente Idriss Déby Itno tinha lançado uma ofensiva contra os 'jihadistas' da região, em abril de 2020.
O chefe de Estado morreu em abril de 2021, durante a luta contra um grupo rebelde. Foi sucedido pelo seu filho Mahamat Idriss Déby Itno, que dirige um Conselho Militar de Transição.
A rebelião de Boko Haram eclodiu em 2009, no nordeste da Nigéria, antes de se propagar aos países vizinhos. Desde então, mais de 36.000 pessoas (principalmente na Nigéria) foram mortas, e três milhões tiveram de fugir das suas casas, de acordo com a ONU.
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