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Mais de 200 detidos na última 'purga' anticorrupção na Arábia Saudita

A Arábia Saudita anunciou a detenção de 207 funcionários em cerca de uma dúzia de ministérios do Governo na última operação de grande escala de um órgão anticorrupção autorizada pelo príncipe herdeiro, Mohammed bin Salman.

Mais de 200 detidos na última 'purga' anticorrupção na Arábia Saudita
Notícias ao Minuto

12:51 - 10/08/21 por Lusa

Mundo Arábia Saudita

A Comissão Nacional Anticorrupção do reino, conhecida como Nazaha, anunciou as detenções na segunda-feira à noite, mas não ficou claro quando foram feitas e os detidos não foram identificados.

A purga anticorrupção por parte do príncipe herdeiro começou no final de 2017, ajudando-o a consolidar o poder e rendeu ao reino 106.000 milhões de dólares (cerca de 90.000 milhões de euros) em ativos.

Os cidadãos sauditas há muito reclamam sobre a corrupção generalizada no Governo e criticam os fundos públicos desperdiçados ou mal utilizados por aqueles que estão no poder.

Segundo a comissão, mais de 460 pessoas foram investigadas nesta última ronda e, como resultado, 207 cidadãos sauditas e residentes foram detidos por acusações de corrupção, abuso de autoridade e fraude.

Os acusados são de vários órgãos estatais, como a guarda nacional e vários ministérios, incluindo os da Defesa, Interior, Saúde e Justiça.

Em abril, a comissão tinha anunciado a detenção de 176 pessoas de todo o setor público por alegada corrupção.

No final de 2017, a purga de Mohammed bin Salman teve como alvo mais de 300 príncipes, figuras públicas e empresários que simbolizavam a estrutura de elite que cercava a casa real saudita e as suas vastas redes.

Nesse ano, de uma forma sem precedentes, as forças de segurança detiveram as figuras mais poderosas do país e mantiveram-nas incomunicáveis no hotel Ritz-Carlton, em Riade, durante algumas semanas e até meses.

Vários foram depois transportados para prisões ou outros centros de detenção com denúncias de abuso físico.

Embora o reino nunca tenha confirmado a identidade dos detidos, foram alvos o milionário príncipe Alwaleed bin Talal e o magnata da construção civil saudita Bakr Binladin.

No ano passado, outros dois altos funcionários foram retirados dos cargos e encaminhados para julgamento: o tenente-general Fahad bin Turki bin Abdulaziz, um príncipe que supervisionou as operações sauditas no Iémen, e o seu filho, o príncipe Abdulaziz bin Fahad bin Turki, que foi vice-governador da região de Jouf.

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