"Um soldado disparou e matou o seu chefe, um capitão, que lhe recordou a proibição de civis em veículos do Exército, depois matou um tenente que condenou o seu ato", disse o porta-voz do Exército em Beni, Kivu Norte, Antony Mualushay.
"Quando viu os soldados enviados para o prenderem, voltou a abrir fogo. Para controlar a situação, ele foi alvejado e posso confirmar que acabou por ser morto", acrescentou o responsável, citado pela agência France-Presse.
Durante o dia de hoje, as autoridades apresentaram também um balanço provisório de três civis mortos num ataque de "inimigos semelhantes às ADF [grupo armado Forças Democráticas Aliadas]", na noite de terça-feira.
As províncias de Kivu Norte e Ituri estão em estado de sítio desde 06 de maio para combater os grupos armados que atingem os locais. O Presidente da RDCongo, Félix Tshisekedi, substituiu as autoridades civis por oficiais do Exército e da polícia.
No entanto, durante os 90 dias do estado de sítio, 485 civis foram mortos por grupos armados na área, incluindo 254 pelas ADF, que são acusadas de massacrar pelo menos 6.000 civis desde 2013, segundo um relatório do Episcopado congolês.
Originalmente rebeldes muçulmanos ugandeses, as ADF operam no leste da RDCongo há quase 30 anos.
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