"Não significa que as restrições serão prolongadas, mas que teremos a possibilidade de as estabelecer se for necessário", disse o primeiro-ministro, o social-democrata Stefan Lofven, numa conferência de imprensa, citado pela agência noticiosa espanhola EFE.
Lofven assinalou que a pandemia continua e que, embora a vacinação avance a bom ritmo, as infeções voltaram a aumentar.
A incidência de novos casos nos últimos 14 dias situa-se atualmente nos 78 por 100.000 habitantes, depois dos contágios terem aumentado 33% a semana passada em relação à anterior.
O agravamento da situação epidémica não significa que a diminuição das restrições iniciada em junho ficará suspensa, embora as autoridades suecas não garantam que a quarta fase do plano será aplicada em setembro, como planeado.
"Neste momento temos um número de mortes baixo, mas também vemos que o contágio aumenta. Acompanharemos a evolução atentamente e avisaremos com tempo. Com a situação atual não se pode dizer se isso será possível", disse a ministra dos Assuntos Sociais, Lena Hallengren, referindo-se à próxima fase.
A Suécia eliminou em meados de julho as restrições nos transportes coletivos e aliviou as limitações ao número de pessoas permitidas em reuniões públicas.
O país nórdico mais afetado pelo novo coronavírus optou durante a primeira vaga por uma linha de combate mais flexível, com muitas recomendações e algumas restrições.
A partir do outono passado, que coincidiu com a segunda vaga da pandemia, no entanto, as autoridades suecas estabeleceram mais restrições, embora menos rigorosas que as da maioria dos países europeus.
A taxa de mortalidade sueca ligada à covid-19 é de 142,51 por 100.000 habitantes, três vezes mais que na Dinamarca e oito que na Finlândia e Noruega. Fica ainda assim abaixo da taxa de países como Itália, Reino Unido, Espanha, Portugal e França.
De acordo com os dados divulgados hoje pela Agência de Saúde Pública, 80,7% da população alvo já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19 e 57,6% completou a vacinação.
A covid-19 provocou pelo menos 4.323.957 mortes em todo o mundo, entre mais de 204,7 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 na China e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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