Segundo um alto responsável das Forças de Segurança das tropas afegãs no terreno, citado pela agência noticiosa France-Presse (AFP), os "insurgentes" tomaram todos os pontos da cidade.
A fonte adiantou que as tropas afegãs bateram em retirada "para evitar mais danos à cidade" e que se encontram numa base militar situada em Guzara, um distrito vizinho.
No fim do dia, os talibãs içaram a sua bandeira na sede da polícia de Hérat, reportou um correspondente da AFP, que precisou que os rebeldes não encontraram qualquer resistência.
Zabihullah Mujahid, um porta-voz dos talibãs, escreveu na rede social Twitter que "o inimigo fugiu" e que dezenas de veículos militares, armas e munições ficaram nas mãos do movimento.
Hérat, localizada a 150 quilómetros da fronteira com o Irão e capital da província homónima, já estava sitiada, com fortes combates na periferia.
Nas últimas semanas, os insurgentes assumiram o controlo de quase todo o resto da província, incluindo Islam Qala, o posto de fronteira com o Irão, o mais importante no Afeganistão.
Hoje de manhã, o Governo afegão admitiu que Ghazni, outra capital provincial, havia caído, mas garantiu que a luta ainda prossegue.
"O inimigo assumiu o controlo de Ghazni. [...] Há luta e resistência [das forças de segurança], disse Mirwais Stanikzai, porta-voz do Ministério do Interior, numa mensagem na rede social WhatsApp.
Mais tarde, viria a reconhecer a perda da cidade, a 150 quilómetros da capital e a 10.ª capital provincial a cair numa semana, aproximando-se de um cerco a Cabul.
Os talibãs lançaram uma vasta ofensiva contra as forças do Governo de Cabul no início de maio, após o anúncio da retirada final das forças internacionais do Afeganistão, que deve estar concluída no final deste mês.
Localizado na Ásia, o Afeganistão faz fronteira com seis países (Paquistão, Tajiquistão, Irão, Turquemenistão, Uzbequistão e China), sendo a paquistanesa a mais extensa, com 2.670 quilómetros.
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