"Quero que todos os chadianos estejam à volta da mesa para discutir os nossos problemas", afirmou, segundo a agência France-Presse (AFP), Kebzabo, que já se candidatou várias vezes à Presidência contra Idriss Déby.
A nomeação foi hoje formalizada, através de um decreto.
Kebzabo defendeu ainda que são necessárias novas bases do diálogo democrático e lembrou que "o grande obstáculo" já não existe, referindo-se ao antigo presidente, que foi morto, em abril, por rebeldes.
Na terça-feira, o presidente do Conselho Militar de Transição, Mahmat Idriss Déby Itno, filho do ex-chefe de Estado, lançou um "apelo urgente aos político-militares".
"Eles têm a obrigação patriótica de reconsiderar as suas posições", afirmou Mahmat Itno, que falava à nação.
Este responsável pediu um "diálogo franco e sincero" com os movimentos político-militares e notou que a comissão organizadora terá de "definir as modalidades práticas e operacionais".
Idriss Déby Itno chegou ao poder em 1990 depois de um golpe de Estado ter derrubado o ditador Hissène Habré.
Morreu, em 20 de abril, vítima de ferimentos em combate contra forças rebeldes, um dia depois de ter sido reeleito, com 79,32% dos votos.
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