Na madrugada de hoje, o navio Geo Barents, da organização não-governamental (ONG) Médicos sem Fronteiras, realizou mais dois resgates.
Primeiro, o navio socorreu um barco com 34 pessoas -- que tinha a bordo crianças e bebés -- e, posteriormente, outro barco insuflável com 29 pessoas, entre as quais crianças, totalizando 322 pessoas resgatadas no Mediterrâneo central.
O navio havia resgatado, em duas operações realizadas nos últimos dias, "189 pessoas que viajavam num barco de dois andares lotado" e, anteriormente, já haviam socorrido outras 25 pessoas.
O outro navio de resgate que está na área, da ONG italiana ResQ-People Saving People, salvou 85 pessoas na última sexta-feira e na segunda-feira fez mais três salvamentos, contando agora com 165 pessoas.
"Os botes de salvamento são feitos para resgatar, não para esperar. Pedimos a todas as autoridades competentes um porto seguro para o desembarque dessas pessoas, que já sofreram bastante. Esperamos receber, o quanto antes", uma autorização para desembarcar os migrantes, disse Cecilia Strada, da ONG italiana.
Como Malta não responde aos pedidos de autorização de desembarque, a Itália está a assumir todo o fluxo de migrantes que cruzam o Mediterrâneo vindos do norte de África.
Nas últimas 24 horas, cerca de 400 migrantes resgatados pela guarda costeira italiana, quando estavam a alguns quilómetros da costa, também chegaram à pequena ilha italiana de Lampedusa.
Desde o início do ano, 32.806 migrantes desembarcaram em Itália, outros 15.406 em 2020 e 4.265 em 2019.
De acordo com um novo relatório da Organização Internacional para as Migrações (OIM), no primeiro semestre de 2021, pelo menos 896 pessoas morreram no mar a tentar chegar à Itália.
Leia Também: EUA disponibilizam 425 milhões de euros para ajudar refugiados afegãos