UE debate quarta-feira situação na fronteira lituana com Bielorrússia

Os ministros dos Assuntos Internos da União Europeia vão discutir na quarta-feira, numa videoconferência extraordinária solicitada pela Lituânia, a pressão migratória na fronteira deste país com a Bielorrússia, que levou Vilnius a decidir fortificá-la.

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Lusa
17/08/2021 16:28 ‧ 17/08/2021 por Lusa

Mundo

Migrações

Nesta reunião virtual de ministros do Interior dos 27, solicitada pelo ministro lituano à atual presidência eslovena do Conselho da UE, participarão também a Comissão Europeia, o Serviço Europeu de Ação Externa, a agência de guarda de fronteiras, Frontex, a Europol e o gabinete europeu de apoio ao asilo (EASO).

De acordo com uma nota da presidência eslovena, "os ministros serão informados sobre a atual situação migratória na Lituânia e países vizinhos", sendo o principal objetivo da reunião "determinar medidas concretas e formas de assistência aos Estados afetados na gestão e contenção de travessias ilegais na fronteira com a Bielorrússia, também do ponto de vista da segurança nesta secção da fronteira externa da UE".

Na semana passada, o parlamento lituano deu 'luz verde' à construção de uma cerca ao longo da sua fronteira com a Bielorrússia, um projeto orçado em 152 milhões de euros, embora a UE já tenha notado que houve uma "diminuição significativa" da entrada ilegal de migrantes desde que o Iraque suspendeu os seus voos para a Bielorrússia, após pedidos da UE e da Lituânia.

Também na semana passada, a Comissão Europeia anunciou uma ajuda de emergência de 36,7 milhões de euros à Lituânia, para ajudar a melhorar a capacidade de acolhimento face ao "número excecional" de migrantes ilegais que chegam desde a Bielorrússia, mas lembrou que não é partidária de financiar com fundos europeus a construção de muros ou barreiras, ainda que compreendo a necessidade das autoridades lituanas e reforçarem a sua fronteira, que é também uma fronteira externa da União.

A Lituânia, bem a como a vizinha Letónia, tem enfrentado nos últimos meses um afluxo de imigrantes iraquianos, na sua maioria provenientes da Bielorrússia, com os países bálticos a acusarem o regime de Alexander Lukashenko de estar a encorajar este fluxo migratório, como forma de retaliação contra as sanções europeias contra Minsk, na sequência do desvio de um avião de passageiros para prender um jornalista dissidente.

Nos últimos meses, já entraram ilegalmente na Lituânia desde a Bielorrússia cerca de 4.000 pessoas, tendo a pressão migratória aparentemente diminuído desde que o Iraque suspendeu os voos para Minsk, já que muitos dos imigrantes que entravam em solo da UE eram iraquianos.

Leia Também: Detido candidato que desafiou Lukashenko nas presidenciais de 2020

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