"Já registámos 49 contactos no caminho e também nas famílias do ponto de partida, em Labé", disse o especialista da OMS Georges Kizerbo, referindo-se à viagem de 1.500 quilómetros que a jovem da Guiné-Conacri fez para Abidjan num autocarro onde estavam 70 pessoas.
No trajeto, foram feitas paragens em Duékoué e Guezabo, no este do país, e também na capital administrativa, Yamoussoukro, havendo registo de 33 pessoas que foram até Abidjan, estando as restantes espalhadas no interior deste país africano.
Na conferência de imprensa hoje em Abidjan, citada pela agência France-Presse, o ministro da Saúde explicou as medidas que estão a ser tomadas para controlar o reaparecimento do Ébola no país e vincou que já foram feitos três testes a passageiros, e todos deram negativo.
A diretora regional da OMS em África, Matshidiso Moeti, já hoje tinha elogiado a "notável solidariedade" entre os dois países e "reação rápida" das autoridades da Costa do Marfim.
A Guiné, com a ajuda da OMS, entregou 5.000 doses de vacina contra o Ébola ao país vizinho dois dias após ter sido anunciado, em 14 de agosto, que o vírus tinha sido detetado na jovem infetada, e as vacinações começaram logo na segunda-feira na Costa do Marfim.
Juntamente com a Libéria e a Serra Leoa, a Guiné foi duramente atingida de 2013 a 2016 por uma epidemia de Ébola que matou milhares de pessoas.
Embora a Costa do Marfim partilhe fronteiras com a Guiné-Conacri e a Libéria, o país não tinha registado um caso confirmado de Ébola desde 1994, quando um cientista foi infetado durante um surto em chimpanzés.
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