Em 09 de agosto, o Ministério relatou 213 casos e 12 mortes em três regiões: Maradi, Zinder e Dosso, todas elas próximas da fronteira com a Nigéria, onde uma epidemia da doença ocorre há vários meses.
Porém, a epidemia propagou-se para Niamey e para as regiões ocidentais de Tahoua e Tillabéri, noticia hoje a agência France-Presse.
Na segunda-feira, o número total de casos tinha aumentado para 845 e o número de mortes para 35, resultado numa taxa de letalidade de 4,2%, segundo os números publicados hoje Direção de Vigilância e Resposta a Epidemias do Ministério da Saúde do Níger.
Segundo imagens transmitidas pela estação de televisão pública, dois locais de isolamento albergam crianças e adultos atingidos pela cólera em Niamey.
O Níger anunciou também que a Organização Mundial da Saúde (OMS) doou mais de 127 milhões de francos cfa (cerca de 262 mil euros) em medicamentos e equipamento para conter a epidemia.
De acordo com o executivo foram enviados medicamentos e testes rápidos para o rastreio da doença nas regiões afetadas, estando os cidadãos a serem testados gratuitamente em locais isolados.
As autoridades sanitárias nigerinas apelaram também à população para se apresentar "urgentemente num centro de saúde" assim que surjam sinais de cólera, incluindo "diarreia e vómitos".
Devido às inundações ligadas às fortes chuvas em áreas infetadas, os especialistas temem um surto desta doença altamente contagiosa causada pela ingestão de alimentos ou água contaminados.
As chuvas, que têm vindo a cair no Níger desde junho, mataram 64 pessoas e afetaram mais de 70.000, de acordo com um relatório publicado na semana passada pelas autoridades nigerinas.
Em 2018, uma epidemia de cólera provocou a morte de 78 pessoas entre os 3.824 casos registados no país. Na ocasião, um grande número dos casos foi detetado, também, próximo da Nigéria.
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