A operação das autoridades kosovares segue-se a numerosas outras ações destinadas a desmantelar o que Pristina considera serem instituições paralelas sérvias que operam ilegalmente em territórios maioritariamente habitados por sérvios no Kosovo.
"O tempo das autarquias e instituições paralelas e criminosas da Sérvia na República do Kosovo está a chegar ao fim", declarou o ministro do Interior kosovar, Xhelal Svecla, numa mensagem publicada nas redes sociais, fornecendo pormenores sobre a operação policial.
"Tal como prometemos, não permitiremos qualquer 'paralelismo' e muito menos qualquer atividade criminosa da Sérvia que viole a Constituição e o Estado de direito no nosso país", acrescentou.
Svecla acrescentou que algumas estações de correio e repartições de finanças sérvias também foram encerradas durante a operação, que começou hoje em dez localidades do Kosovo onde vivem cidadãos de origem sérvia.
Belgrado condenou a medida, com o ministro dos Negócios Estrangeiros sérvio a descrever a ação das autoridades do Kosovo como um agravamento perigoso das tensões.
"Estas ações agressivas não são apenas um ataque às instituições, mas uma tentativa flagrante de minar os direitos coletivos e a identidade dos sérvios no Kosovo", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros sérvio, Marko Djuric, numa mensagem publicada nas redes sociais.
Várias estações de correio e instituições bancárias sérvias foram encerradas nos últimos meses e a utilização da divisa dinar sérvio foi proibida no ano passado.
Esta nova operação no Kosovo ocorre a poucas semanas das eleições legislativas, convocadas para 09 de fevereiro, e que são encaradas como um teste à política do primeiro-ministro kosovar Albin Kurti.
Kurti tem-se envolvido numa série de conflitos políticos com Belgrado.
A Sérvia nunca reconheceu a declaração de independência do Kosovo em 2008.
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