Numa entrevista ao canal de televisão CNN, citada pela Efe, Jake Sullivan afirmou que a prevenção de um ataque terrorista no aeroporto de Cabul "é uma das principais prioridades das tropas norte-americanas".
"Os nossos comandantes no terreno têm ao seu dispor várias opções, que se estão a utilizar, para defender o aeroporto de um potencial ataque terrorista. Estamos a trabalhar arduamente para poder isolar e determinar de onde poderia surgir um ataque", sublinhou o assessor para a Segurança Nacional de Joe Biden.
Milhares de pessoas têm-se juntado à entrada do Aeroporto Internacional Hamid Karzai de Cabul com o objetivo de embarcar num dos aviões e abandonar o país.
No sábado, a embaixada norte-americana em Cabul enviou uma mensagem aos seus cidadãos a aconselhar que estes evitem deslocar-se ao aeroporto a menos que sejam contactados por um funcionário norte-americano.
Entretanto, o Pentágono anunciou hoje que ordenou o recurso, com caráter de emergência, de 18 aviões comerciais dos Estados Unidos da América (EUA) para o transporte de afegãos retirados de Cabul.
Em causa estão três aeronaves das companhias American Airlines, Atlas Air, Delta Air Lines e Omni Air, duas da Hawaiian Airlines e quatro da United Airlines .
Também durante o dia de hoje sete civis afegãos morreram esmagados na multidão perto do aeroporto internacional de Cabul, no meio do caos dos que tentam fugir da tomada de poder pelos talibãs, revelaram forças militares britânicas.
O aeroporto tem sido o ponto de encontro de milhares de pessoas que tentam fugir aos talibãs, que invadiram Cabul há uma semana depois de um avanço relâmpago na tomada do país.
Os Estados Unidos retiraram cerca de 17.000 pessoas do país desde que a operação de resgate começou, em 14 de agosto, incluindo 2.500 cidadãos americanos, disse no sábado o subdiretor de logística do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, general Hank Taylor.
Nas últimas 24 horas, cerca de 3.800 pessoas foram transportadas em 38 voos.
Os talibãs conquistaram Cabul no dia 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.
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