Segundo informações divulgadas pelos organizadores, citadas pela agência Efe, foram realizadas mais de cem ações de protesto em toda a Alemanha, destacando-se uma que teve lugar na capital, Berlim.
Estes protestos ocorrem numa altura em que o Governo alemão é alvo de críticas pela forma como está a gerir a crise no Afeganistão e pela sua reação tardia aos avanços dos talibãs, depois da retirada das tropas internacionais.
Desde há alguns meses estava em análise a situação dos colaboradores locais, mas uma série de questões burocráticas impediram que muitos fossem acolhidos na Alemanha.
A tomada de Cabul pelos talibãs obrigou os países ocidentais a levar a cabo uma operação urgente de retirada dos seus cidadãos e dos colaboradores locais.
A Alemanha conseguiu retirar até ao momento cerca de duas mil pessoas, entre elas diplomatas, militares e colaboradores afegãos.
Os talibãs conquistaram Cabul em 15 de agosto, concluindo uma ofensiva iniciada em maio, quando começou a retirada das forças militares norte-americanas e da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
As forças internacionais estavam no país desde 2001, no âmbito da ofensiva liderada pelos Estados Unidos da América contra o regime extremista (1996-2001), que acolhia no seu território o líder da Al-Qaida, Osama bin Laden, principal responsável pelos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.
A tomada da capital pôs fim a uma presença militar estrangeira de 20 anos no Afeganistão, dos Estados Unidos e dos seus aliados na NATO, incluindo Portugal.
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