Ativistas palestinianos lançam balões incendiários após ataques de Israel

Ativistas palestinianos apoiados pelo Hamas lançaram nas últimas horas uma nova vaga de balões incendiários contra Israel, aumentando ainda mais as tensões após uma noite de ataques aéreos israelitas à Faixa de Gaza.

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Lusa
25/08/2021 07:44 ‧ 25/08/2021 por Lusa

Mundo

Palestina

 

Nos confrontos mais intensos entre israelitas e palestinianos desde a escalada de maio, que durou 11 dias, as autoridades revelaram que um adolescente palestiniano foi morto na terça-feira na Cisjordânia ocupada, durante uma operação militar israelita, noticia a agência AP.

Aviões israelitas bombardearam a Faixa de Gaza na última madrugada, desencadeando retaliações por parte do Hamas.

O exército israelita indicou que aviões de combate tiveram como alvo "um local de fabrico de armas pertencente ao Hamas em Khan Younes", a entrada de um túnel subterrâneo em Jabalia e um local de lançamento subterrâneo de 'rockets' "situado perto de casas e de uma escola em Chejaya", um bairro da cidade de Gaza.

"Os ataques foram em retaliação pelo lançamento de balões incendiários por parte do Hamas para território israelita" na segunda-feira, adiantou o exército do Estado hebreu num comunicado.

Na segunda-feira, os bombeiros israelitas deram conta de vários incêndios em território israelita, perto do enclave, desencadeados por balões incendiários lançados da Faixa de Gaza.

O ataque aéreo noturno israelita é o segundo dos últimos dias na Faixa de Gaza. Na noite de sábado para domingo, o exército do Estado hebreu indicou ter tido como alvo "quatro locais de fabrico e armazenamento de armas" do Hamas, após confrontos com palestinianos no sábado, à margem de manifestações na barreira que separa os dois territórios.

Cerca de 40 palestinianos foram feridos nos confrontos no sábado, incluindo uma criança, de forma grave. O exército israelita deu conta de um ferido grave nas suas fileiras.

Israel responsabiliza o Hamas por todas as ações ocorridas no seu território e com origem no enclave, sob bloqueio israelita há quase 15 anos e onde vivem cerca de dois milhões de pessoas.

Israel e o Hamas travaram uma guerra de 11 dias em maio, a quarta desde que o movimento assumiu o poder na Faixa de Gaza em 2007.

No campo de refugiados de Balata, em Nablus, no norte da Cisjordânia ocupada, um jovem de 15 anos morreu na terça-feira, depois de ter sido atingido a tiro na cabeça pelo exército israelita, indicou o Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana.

O exército israelita disse ter aberto fogo durante uma operação em Balata contra um "suspeito num telhado que segurava um grande objeto e que tentava lançá-lo contra um soldado junto ao edifício".

Os militares adiantaram encontrar-se no campo de Balata, o maior da Cisjordânia ocupada, para "deter um suspeito (...) de estar envolvido em atividades terroristas" e que "foi preso".

Nas últimas semanas ocorreram numerosos confrontos entre as forças israelitas e palestinianos no norte da Cisjordânia, que causaram vários mortos.

A Autoridade Palestiniana alertou para uma "situação explosiva".

Na Cisjordânia, território palestiniano ocupado por Israel desde 1967, vivem cerca de 2,8 milhões de palestinianos ao lado de 475.000 israelitas em colonatos considerados ilegais pela lei internacional.

 

Leia Também: Palestiniano é morto por soldados israelitas na Cisjordânia

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