Governo de São Tomé e Príncipe preocupado com sinais de terceira vaga
O ministro da Saúde de São Tomé e Príncipe disse hoje que o Governo do arquipélago está "imensamente preocupado" com o "aumento exponencial de casos" de covid-19 nas últimas semanas no país, que dão "sinais de uma terceira vaga".
© Lusa
Mundo Covid-19
Edgar Neves afirmou que os dados epidemiológicos registados pelo Ministério da Saúde "apontam para um aumento exponencial de número de casos" de covid-19, o que leva o Governo a pensar que o país poderá estar numa terceira vaga da pandemia.
Nos últimos 10 dias, São Tomé e Príncipe registou 60 casos novos de covid-19, tendo atingido na terça-feira o recorde diário deste ano, com 22 casos em 24 horas.
"Os números que temos vindo a assistir deixam-nos imensamente preocupados", disse o ministro da Saúde, prometendo, para a próxima semana, dar mais informações do "quadro mais atualizado" sobre a variante Delta do novo coronavírus, que reafirmou estar a circular no país desde julho.
Segundo Edgar Neves, o início da campanha eleitoral para a segunda volta das eleições presidenciais, na quinta-feira, e o arranque do ano letivo dentro de uma semana fazem aumentar "a dose de preocupações" do Governo.
"Preocupa-nos a própria movimentação da população com a campanha eleitoral. Virá a abertura do ano letivo [em 03 de setembro]", explicou Neves, assegurando que o Governo está a trabalhar na atualização do plano sanitário especial para a campanha eleitoral.
O ministro adiantou ainda que o Governo são-tomense está a rever as medidas de restrição no âmbito do estado de alerta em vigor no país.
São Tomé e Príncipe recebeu hoje mais 37 mil doses de vacinas Astrazena doadas por Portugal, que vão ser utilizadas para iniciar mais uma fase de vacinação já na segunda-feira.
Os dados mais recentes do arquipélago, indicam 2.555 casos de infeção pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, entre os quais 37 óbitos e 2.413 recuperações da doença.
A covid-19 provocou pelo menos 4.451.888 mortes em todo o mundo, entre mais de 213,1 milhões de infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil ou Peru.
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