Os talibãs condenaram, esta quinta-feira, os ataques suicidas que tiveram lugar junto ao Aeroporto de Cabul, no Afeganistão e que terão ferido mais de 50 pessoas e matado cerca de uma dezena, segundo as últimas informações oficiais, citadas pela Reuters.
O porta-voz do grupo, Zabihullah Mujahid, revelou ainda que as explosões aconteceram numa área controlada pelas forças militares norte-americanas e que "o Emirado Islâmico está a prestar muita atenção à segurança e proteção do seu povo".
Zabihullah prometeu ainda que os autores do ataque "serão severamente dissuadidos".
Acredita-se que o Estado Islâmico seja o responsável pelos atentados, apesar de estes ainda não terem confirmado a autoria.
Um funcionário dos EUA disse hoje que "acredita definitivamente" que o ataque junto ao aeroporto de Cabul foi executado pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).
A mesma fonte disse que militares dos EUA ficaram feridos no ataque de hoje, que envolveu dois homens-bomba e homens armados.
O EI é mais radical do que os talibãs e tem realizado diversos ataques no Afeganistão, matando numerosos civis, ao longo dos últimos meses.
Numa mensagem na rede social Twitter, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, disse que se tratou de um ataque com duas explosões junto ao aeroporto de Cabul, confirmando informações de testemunhas que falam em vários mortos e feridos.
Kirby confirmou ainda que algumas das vítimas são norte-americanos, depois de vários meios de comunicação social relatarem cerca de uma dezena de mortes e vários feridos.
Um repórter fotográfico da agência France-Presse relatou a existência de pelo menos cinco mortos e uma dúzia de feridos que foram transferidos para um hospital em Cabul.
O ataque ocorreu em dois pontos distinto, um junto a um hotel da capital afegã e um outro junto a um dos portões do aeroporto de Cabul, onde se aglomeram milhares de afegãos, que procuram fugir do seu país antes do final da ponte aérea para a evacuação do Afeganistão.
O Presidente dos EUA, Joe Biden, já foi informado sobre a explosão e dirigiu-se para a Sala de Crise, segundo uma fonte da Casa Branca.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, disse hoje estar "muito preocupado" com as notícias relativas ao ataque junto ao aeroporto de Cabul, no Afeganistão, garantindo que a União Europeia (UE) irá acompanhar a situação de perto.
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