"Retirámos até à data exatamente 2.834 pessoas, entre elas 142 franceses e 17 cidadãos europeus", afirmou Macron numa conferência de imprensa no fim da Conferência de Coooperação e Associação no Médio Oriente organizada em conjunto com as autoridades iraquianas.
Mais de 2.600 das pessoas evacuadas são do Afeganistão, de onde saíram em quinze voos organizados a partir dos Emirados Árabes Unidos, que permitiram também retirar "todo o pessoal diplomático francês".
Macron indicou que França está "em conversações com os talibãs sobre a questão das operações humanitárias" para conseguir "proteger e repatriar os afegãos e afegãs que estão em perigo".
Acrescentou que foi pedida a ajuda do emir do Qatar, Tamim bin Hamad al Zani, para que permitisse a realização de mais voos a partir de 31 de agosto, data limite para as evacuações.
O Presidente francês salientou que "era preciso negociar com os talibãs" mas afirmou que se manterá "prudente" no que toca às negociações com os fundamentalistas.
Para França reconhecer os talibãs, exigirá "o respeito absoluto pelos direitos humanos e a proteção dos afegãos".
Os ministérios franceses da Defesa e dos Negócios Estrangeiros declararam hoje que o país continuará os esforços "junto dos responsáveis talibãs para garantir que não colocarão nenhum obstáculo após 31 de agosto à saída dos que o desejem".
Leia Também: Ataque com 'drone' mata "dois membros importantes" do Estado Islâmico