O Ministério Público israelita disse na plataforma social X (antigo Twitter) que os detidos, indentificados como Yuri Eliasfov e Georgi Andreyez, são acusados de "ajudar o inimigo em tempo de guerra, fornecer informações ao inimigo que lhe podem ser úteis, contactar agentes estrangeiros, destruição de provas e muito mais".
Eliasfov e Andreyez foram detidos na segunda-feira e, segundo a Efe, realizaram missões de espionagem e transmitiram informações "secretas e sensíveis" a um espião iraniano, a quem chegaram a oferecer munições.
Eliasfov trabalhou como técnico na unidade militar da Doma de Ferro, o sistema móvel de mísseis terra-ar desenvolvido para intercetar 'rockets' e outras ameaças aéreas, enquanto Andreyev trabalhou na Força Aérea israelita, de acordo com o diário Times of Israel.
No passado mês de outubro, sete israelitas, incluindo dois menores, foram detidos pelas autoridades, também acusados de espionagem para o Irão, dias depois de um outro israelita ter sido detido por ter, alegadamente, aceitado um contrato para assassinar um cientista israelita a mando do Irão.
O Irão atacou Israel com cerca de 180 mísseis balísticos em 01 de outubro, como resposta às mortes do líder político do Hamas, Isamail Haniyeh, e do secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrala.
O ataque, que não causou vítimas em Israel, provocou danos em pelo menos uma base aérea.
Israel e Irão travam há vários anos uma guerra que envolve sabotagem, ciberataques e espionagem, tendo-se intensificado desde 2023.
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