"Em janeiro comprometemo-nos a atingir o objetivo de vacinar totalmente 70% da população adulta da UE contra a covid-19 até ao final do verão e hoje podemos orgulhar-nos de que a nossa estratégia de vacinação tenha permitido cumprir este objetivo, com a plena participação dos Estados-membros e dos cidadãos", anuncia a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides, numa declaração enviada à agência Lusa.
70% of adults in EU are fully vaccinated.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) August 31, 2021
I want to thank the many people making this great achievement possible.
But we must go further!
We need more Europeans to vaccinate. And we need to help the rest of the world vaccinate, too.
We'll continue supporting our partners. pic.twitter.com/VxdvZlrwYv
Para a responsável, este é "um marco importante nos esforços para pôr fim à pandemia que perturbou sociedades e economias e custou tantas vidas".
Porém, "não podemos ficar por aqui", salienta Stella Kyriakides, vincando que "as novas variantes tornam necessário ir além dos 70% para garantir segurança".
"Temos de estar um passo à frente. Temos de abordar urgentemente a preocupante lacuna nas taxas de vacinação entre os nossos Estados-membros e estar prontos para implementar vacinas de reforço se as provas científicas demonstrarem que este é o caminho a seguir", acrescenta a comissária europeia da tutela, numa alusão à possível administração da terceira dose da vacina anticovid-19 (em ciclos de vacinação de duas), já admitido por países como Portugal para as pessoas mais vulneráveis.
Segundo Stella Kyriakides é ao mesmo tempo necessário "continuar a aumentar a sensibilização, combatendo a desinformação, e mobilizar todos os cidadãos para este esforço global sem precedentes", dado estar comprovado que "as vacinas estão a salvar vidas todos os dias em todos os Estados-membros".
Ainda assim, "a vacinação por si só não pode acabar com a pandemia, [pelo que] precisamos de continuar a manter-nos mutuamente seguros e fechar as portas às variantes", adianta a responsável.
Aqui entra a "solidariedade em matéria de vacinas", que Stella Kyriakides diz ser e assim continuará uma "marca registada" da UE, nomeadamente através da exportação de vacinas no âmbito do mecanismo Covax.
Atualmente, estão aprovadas quatro vacinas anticovid-19 pelo regulador da UE: a Comirnaty (nome comercial da vacina Pfizer/BioNTech), Spikevax (nome comercial da vacina da Moderna), Vaxzevria (novo nome do fármaco da AstraZeneca) e Janssen (grupo Johnson & Johnson).
Inicialmente, a campanha de vacinação da UE foi marcada por atrasos na entrega das vacinas e em quantidades aquém das contratualizadas por parte da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca, bem como pela deteção de casos raros de efeitos secundários como coágulos sanguíneos após toma deste fármaco e do da Johnson & Johnson.
Também anunciando o cumprimento desta meta, através da rede social Twitter, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforça ser necessário "ir mais longe".
"Precisamos de mais europeus para vacinar e também precisamos de ajudar o resto do mundo a vacinar-se", adianta a líder do executivo comunitário, prometendo que a UE irá "continuar a apoiar os [seus] parceiros".
Antes, no final de julho, a UE chegou ao marco dos 70% de adultos vacinados com a primeira dose contra a covid-19, em linha com o ambicionado pela Comissão Europeia.
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