"Um teste negativo ou prova de ter recuperado da covid-19 nos últimos 180 dias será suficiente para se ter acesso" aos locais previstos na visita papal, adiantou a Conferência Episcopal da Igreja Católica Eslovaca, em comunicado.
A proibição de acesso de pessoas não vacinadas criou polémica no país, onde apenas 49,5% dos adultos estão totalmente imunizados contra o vírus SARS-CoV-2, em comparação com mais de 70% de vacinação completa registada em média nos países membros da União Europeia.
Esta baixa taxa de vacinação entre a população da Eslováquia foi uma das razões apontadas pelas autoridades religiosas para o reduzido registo até agora de pessoas para os eventos da visita do Papa Francisco, que está abaixo das expectativas.
A Eslováquia foi particularmente afetada pela pandemia no início do ano, registando, em alguns períodos, das taxas de contágio pelo vírus e de mortalidade atribuída à covid-19 `per capita´ mais elevadas da Europa.
"Muitos pediram para que a obrigação de vacinação fosse suspensa. Portanto, na medida do possível, respondemos a esse pedido", referiu o porta-voz da conferência episcopal, Martin Kramara, citado pela agência France-Presse, ao adiantar que as autoridades eslovacas confirmaram que a restrição aos não vacinados pode ser levantada.
Cerca de 300 mil pessoas eram esperadas para uma missa papal em Sastin, um importante lugar de peregrinação, mas, segundo os organizadores, apenas cerca de 30 mil pessoas já se inscreveram para esta celebração.
Em território eslovaco, o pontífice também terá encontros de caráter institucional, estando prevista para 13 de setembro uma "visita de cortesia" à Presidente da Eslováquia, Zuzana Caputova, e um encontro com o primeiro-ministro, Eduard Heger.
Nesse mesmo dia, o Papa terá, entre outros pontos da agenda, um encontro com a comunidade judaica numa praça em Bratislava.
Os dias seguintes serão repartidos pelas cidades de Presov, Kosice e Sastín, com uma agenda que inclui a participação numa liturgia bizantina e encontros com a comunidade cigana local e com jovens.
O Papa Francisco, de 84 anos, foi submetido a uma operação ao colón no passado dia 04 de julho, tendo tido alta médica após 10 dias de internamento.
Leia Também: Papa lamenta pandemia, mas vê como oportunidade de construir mundo melhor