EUA não impedirão conclusão do gasoduto do Nord Stream 2 "em poucos dias"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, assegurou hoje que os Estados Unidos já perceberam não poderem evitar que o gasoduto Nord Stream 2, destinado a transportar gás russo para a Alemanha, seja concluído "em poucos dias".

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Lusa
06/09/2021 16:12 ‧ 06/09/2021 por Lusa

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"Existe um ataque frontal contra o Nord Stream 2, apesar de todos entenderem, os norte-americanos entendem, que a sua construção terminará dentro de poucos dias e [o gasoduto] começará a funcionar", disse Lavrov aos media locais.

Lavrov sublinhou que, de facto, "a administração [de Joe Biden] não variou, mantém-se contra o projeto, mas entende que é impossível travá-lo".

"Mas se se entende que se está obcecado com uma tarefa irrealizável, o próprio senso comum deve dizer que se deve abandoná-la e dedicar-se a algo realista", acrescentou.

O operador Nord Stream 2 AG anunciou hoje que o último tubo do segundo vetor do gasoduto já foi colocado a bordo do navio "Fortuna".

O tubo será colocado em breve no fundo do mar Báltico, em águas territoriais alemãs, realizando-se de seguida a ligação do ramal procedente da Alemanha com o da Dinamarca, segundo o comunicado do operador.

O gasoduto deverá começar a fornecer gás à Alemanha antes do final de 2021.

Alexei Miller, conselheiro delegado do consórcio Gasprom, adiantou, na semana passada, que os primeiros envios de gás para o mercado europeu podem iniciar-se no decurso do próximo inverno, e provavelmente antes do final do corrente ano, num projeto que também envolve a empresa francesa Engie, as alemãs Uniper e Wintershall, a austríaca OMV e a anglo-holandesa Shell.

Na Europa o gasoduto tem originado inquietações em diversos países, sobretudo no leste, por considerarem que acentua a dependência energética da União Europeia face à Rússia, que já não dependerá da Ucrânia para transportar o seu gás em direção a diversas regiões europeias.

Os Estados Unidos pretendiam bloquear o projeto através de sanções, por considerar que o gasoduto reforça a Rússia, provoca riscos para a Europa e ameaça a segurança energética da Ucrânia, mas em julho retirou a sua oposição ao gasoduto.

Leia Também: Merkel tenta acalmar receios de Kiev sobre gasoduto russo

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