Hegseth diz que não é realista acreditar na entrada da Ucrânia na NATO

O secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse hoje que não é realista acreditar que a Ucrânia regresse às suas fronteiras anteriores a 2014 ou que se junte à NATO como resultado de um acordo de paz com a Rússia.

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© REUTERS/Johanna Geron

Lusa
12/02/2025 15:49 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Queremos (...) uma Ucrânia soberana e próspera, mas devemos começar por reconhecer que o regresso às suas fronteiras anteriores a 2014 é um objetivo irrealista. Perseguir este objetivo ilusório só vai prolongar a guerra e causar mais sofrimento", disse Hegseth no início de uma reunião do grupo de cerca de 50 países que apoiam Kiev.

 

Na véspera de uma reunião de responsáveis de Defesa dos países da NATO, que se realiza na quinta-feira em Bruxelas, Hegseth insistiu que "uma paz duradoura para a Ucrânia deve incluir fortes garantias de segurança para assegurar que a guerra não recomeça" e acrescentou que "os Estados Unidos não acreditam que a adesão da Ucrânia à NATO seja um resultado realista de um acordo negociado".

O secretário da Defesa norte-americano também alertou contra o envio de forças de paz para a Ucrânia.

"Para que fique claro, como parte de qualquer garantia de segurança, não haverá tropas norte-americanas destacadas na Ucrânia", assegurou Hegseth.

O chefe do Pentágono lembrou ainda que "para permitir uma diplomacia eficaz e reduzir os preços da energia que financiam a máquina de guerra da Rússia", o Presidente dos EUA, Donald Trump, "está a libertar a produção de energia americana e a encorajar outros países a fazerem o mesmo".

"Preços mais baixos de energia, juntamente com uma aplicação mais eficaz das sanções energéticas, ajudarão a trazer a Rússia para a mesa das negociações. Salvaguardar a segurança europeia deve ser um imperativo para os membros europeus da NATO", disse Hegseth.

Para o secretário da Defesa norte-americano, a Europa "deve fornecer uma parcela esmagadora de assistência letal e não letal futura à Ucrânia", o que significa doar mais munições e equipamento, expandir a sua base industrial de defesa e também "falar francamente com os seus cidadãos sobre a ameaça que a Europa enfrenta".

Assim, Hegseth insistiu que os gastos em defesa dos países europeus da NATO devem ser incrementados, argumentando que a meta atual de 2% do PIB não é suficiente.

"O Presidente Trump pediu 5% e eu concordo", disse o secretário de Defesa, explicando que os Estados Unidos enfrentam diferentes desafios em vários pontos do globo.

"Os Estados Unidos enfrentam sérias ameaças ao seu próprio território. Devemos focar-nos, e estamos a focar-nos, em proteger as nossas próprias fronteiras", disse Hegseth, explicando que o seu Governo está a "dar prioridade à dissuasão da guerra com a China no Pacífico".

Sobre o futuro da NATO, o secretário da Defesa norte-americano defendeu que a continuidade da Aliança Atlântica "exigirá que os aliados europeus se manifestem e assumam a responsabilidade pela segurança convencional no continente".

"Os Estados Unidos continuam empenhados na aliança da NATO e na parceria de defesa com a Europa. Mas os Estados Unidos não tolerarão mais uma relação desequilibrada que fomente a dependência", concluiu Hegseth.

Leia Também: Europa terá de fazer "sacrifícios" para aumentar investimento na defesa

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